Conversando com a Bia no msn, ela perguntou se Arthur estava melhor dos "nervos". Eu tentei formular uma resposta para a pergunta dela e, depois que digitei foi que percebi que a melhora tinha realmente acontecido, mas em mim e não nele.
Eu aprendi a lidar com o meu filho. Hoje consigo identificar as atitudes de Arthur que merecem ser tratadas com mais firmeza, sem ceder nem um pouquinho e as que merecem uma dose extra de paciência - que acontecem mais quando ele está com sono ou com fome.
Nas horas em que vejo que é só birra, não cedo mesmo. Não tem choro que me faça voltar atrás. Quem estiver perto e incomodado com o choro dele, que se afaste um pouco. E isso era algo que me fazia ceder às birras de Arthur: ter alguém perto. Só para evitar o choro. Ou eu cedia, ou saía do local, acalmando ele. Hoje em dia, falo firme e sustento minha posição. Se eu estiver na casa de alguém que não seja da família, vou embora e não volto mais naquele dia, nem que ele fique bonzinho e peça para voltar. Acredito que a birra dele não deve ser premiada realizando a vontade dele, mesmo que depois do acontecido.
E o pequeno percebeu a mudança. As frases que mais ouço dele, atualmente:
- Mãe, desculpa. Tá desculpado? Já posso ir? Já posso sair do castigo! Você tá chateada ainda mãe? Porque você tá com essa cara mãe?
Dou um gelinho nele, por um minuto. Depois aceito as desculpas, não antes de explicar o bê-a-bá todinho. Meu primo outro dia comentou com a mãe dele:
- Val agora tá pegando pesado com Arthur, né?
Não que eu esteja pegando pesado com ele, mas o pesado é em relação ao modo que eu agia antes, que ficou mais firme. Só isso. E não tem nada a ver, eu garanto, com aquela neurologista desmiolada que comentei aqui.
Em contrapartida, têm os momentos em que ele realmente precisa que tenhamos mais paciência, mais calma e muita sabedoria. Aí, mesmo ele estando nervoso, choroso, eu abraço, beijo, não reclamo, desvio a atenção dele para algo que ele gosta. Esses momentos acontecem mais quando ele está com sono ou com fome. Quando dorme sem se alimentar direito e acorda abusado, chateado com tudo. Aí, me visto de "super-mega-hiper-mãezona" e tomo conta do filhote!
Ah, outra coisa que mudou: sempre que posso, chego mais tarde ao trabalho só para deixá-lo pronto para ir à escola e, às vezes, já deixo-o na escola mesmo. Chegando mais tarde ao trabalho, obviamente saio mais tarde, o que não alterou muito o meu tempo com Arthur, porque sempre que eu chegava, ele estava dormindo. Então, é preferível ficar mais com ele pela manhã e quando chegar à tarde, ele já estar acordado ou perto de acordar.
Às vezes, quando estamos no meio de um turbilhão, fica difícil pensar, organizar as ideias e dar espaço a novos pensamentos. É nessas horas que precisamos de alguém - de perto ou de longe - que nos oriente, e nos ajude a buscar mais a Deus para pedir discernimento, sabedoria e paciência. Além de agradecermos a Ele porque, apesar de tudo, nossos problemas ainda são pequenos, ínfimos, perto de tantos outros que existem por aí. Nossos filhos são saudáveis, espertos e abençoados. Só isso já basta!
Obrigada mãe, vó, tio, tia e mana. Obrigada Bia, vovó Augusta. Vocês sabem o porquê!
5 comentários:
Oh, querida. Que post lindo. O que o amor de uma mae nao faz, ne?
Ainda mais o amor de Deus!
As vezes as nossas atitudes precisam ser mudadas pra vermos diferenca na vida dos pequenos. Ja vivencieu aluns momentos complexos com o Victor, que estranha demais quando alguem que ele nao conhece vem e ja tenta pega-lo no colo, sem antes ele permitir. E eu ficava tao arrasada com a atitude repulsiva dele que passava o dia todo mal. Depois de ouvir algumas pessoas, resolvi mudar. Se alguem quiser pensar que meu filho é um chato, rabugento...paciencia. Nao vou mais ficar tao nervosa e tentar faze-lo ir ao colo dos outros à força. To mais calma, mais centrada, explico que é uma fase e pronto. Eu é que preciso aceitar isso. As vezes é a parte mais dificil, lidar com o desconhecido, com o novo. principalmente quando este novo nos afronta.
Mas sou grata a Deus por sua vida e pela do Arthur, que ja faz parte das nossas vidas, tamanho carinho que temos por vcs!
Vovó Augusta se derrete com estes posts...dia desses ela falou: To precisando fazer um blog pra mim...rs
Te mete, ta abusada esta vó, ne? :)
Beijos enormes pra vcs!
Lindo esse post. Tão mãe...
Respondi os coments q vc dixou lá no blog, caso queira ver viu?
Val!
Começas teu post já dando um conselho muito especial (pra mim e todas as mães): tudo dependa da forma como encaramos o desafio.
Cuidar de um filho requer primeiro muito amor, mas tem que tem muita paciência também. O amor é paciente, mas há quem não consiga sustentar a paciência por muito tempo...né? E também, cada passo eles crescem mais e ficam tão espertos como se quisessem mesmo testar a nossa paciência.
Mas a calma, detalhes como cuidar dele antes do trabalho, deixá-lo pronto para ir à escola, tudo isso é a demonstração de muito amor (amor paciente) e de como és uma mãe especial.
Beijos
Pri e Bia
Adorei o post, que bom saber q estás conseguindo reconhecer as manhas do pequeno, e q melhor ainda q tás conseguindo dedicar mais um tempinho para ele.
Vi as postagens anteriores, eu estava atrasada em minhas leituras por causa dos trabalhos da minha faculdade. Concordo com os conselhos das amigas que lhe apoiaram na questão da neurologista. E, embora eu não tenha comentado as últimas postagens, fique sabendo q é sempre muito bom visitar vcs e aprender um pouquinho sobre como será quando eu tiver meu(s) filho(s) heheh.. Bjsss!!!
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