Bem que eu queria. Mas sem filmar e deixar ir ao ar. Brincadeira, não queria não.
Na verdade, ontem à tarde eu e Arthur fizemos alguns desenhos. Comecei desenhando um menino batendo nos pais, e perguntei a ele se podia fazer isso. Ele disse não, aí passei um traço diagonal no desenho, que tinha sido feito dentro de um círculo, como as placas de Proibido Estacionar. Depois, fiz vários outros desenhos, com algumas atitudes dele negativas e outras positivas: jogar carrinhos no chão, quando estiver com raiva; escovar os dentes; tomar banho; ir para a escola sem chorar; guardar os brinquedos; ir para a escola feliz; comer tudo; acordar chorando; brigar com os pais, etc. E o meu pequeno foi identificando um a um.
Colei todos na parede do corredor e coloquei uma cadeirinha no canto, dizendo-lhe que era um lugar para ele pensar no que havia feito de errado. Na primeira vez, deu certo. Depois, ele não quis sentar e eu insisti. Ele foi ficando, chorando, ficando, até pedir desculpas e sair. Outra vez, ele jogou o carrinho no chão, com raiva. Esperei a raiva dele passar um pouco, deixei-o chorando na sala e, um tempinho depois, ele ainda estava com o bico maior do mundo, levei-o ao cantinho e mostrei o desenho que representava o que ele tinha feito com o carrinho. Não precisei colocá-lo sentado na cadeirinha, ele foi logo pedindo desculpas.
Mais tarde, encontrei-o no quarto, atrás da porta, com uma tesoura nas mãos e um dos desenhos todo recortado. Falei que não gostava de meninos que faziam as coisas escondidos, que ele deveria pedir as coisas ao invés de pegar escondido. Ele pediu desculpas novamente. Saiu querendo cortar tudo. O papai falou que ele só poderia cortar papel. E o guri retrucou:
- Eu peguei o desenho da parede. Ele é papel, não é? Então, por isso que eu cortei.
Ai. Ai.
De qualquer forma, os desenhos estão lá. Mal feitos, mas estão. Não faço deles a condução da disciplina aqui em casa, mas às vezes, depois do "mal-feito", mostro a ele e pergunto se ele esqueceu que não deveria ter feito o que fez. A cadeirinha, o pequeno mesmo tratou de tirar. Deixei. Não sou radical e o que fiz foi apenas uma tentativa de mostrar ao guri que ele pode fazer umas coisas e outras não. Mas o moleque é esperto, absorve tudo rápido demais e depois, ele mesmo vai nos mostrar nos desenhos o que ele fez.
Acho válidas algumas dicas da Super Nanny (como essa das gravuras) e outras acho extremas e desnecessárias. Mas gosto de assistir e filtrar, é claro. Outra dica que ela deu, que eu vi nos primeiros episódios, foi da um "João Teimoso" ou "João Bobo" para a criança descarregar a raiva. Essa semana comprei um para Arthur, depois que lembrei da dica. E ele gostou muito. Bate bem o guri, com as duas mãos coordenadas e ainda chuta o boneco, que cai e levanta em seguida. Expliquei que ele não podia bater nas pessoas, só no boneco, porque o João Teimoso não sente dor. Ele entendeu, por enquanto.
***
Peguei a imagem daqui, que por sinal tem um texto legal sobre a Super Babá.
2 comentários:
O povo fala muito mal dela aí pelos blogs, mas eu adooooro a Jo Frost. Dá pra ver que ela faz o que faz com amor. E isso faz toda a diferença.
Sabe que tambem gosto bastante das tecnicas dela? Acho que o legal é fazer como vc falou: Filtrar e absorver aquilo que vc acha conveniente.
Arthur é esperto demais, tenho certeza de que ele vai te dar muitas alegrias com tanta inteligencia. Crianca da trabalho mesmo, ne? Fazer o que? A gente ama tanto...rs
Bjs,
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