Já percebemos que Arthur associa a velhice à morte. Não sei se a culpa é nossa, mas ele já absorveu isso. Sempre quando ele está aninhado nos braços da minha mãe e eu pergunto "você gosta dessa vó velha?" ele responde: "Não, ela não é velha. Ela é novinha." E, apesar dos 55 anos, minha mãe não tem muitos fios brancos. Alguns, contáveis até. Minha avó, tem 79 anos, e os cabelos pretos, alguns poucos fios brancos também. Ambas, nunca pintaram os cabelos.
Então, dia desses minha mãe falou:
- Quando a vovó tiver velhinha, com os cabelos brancos, você ainda vai gostar de mim? (apelando, claro).
E ele, sem pestanejar:
- Não vó. Quando eu crescer, eu vou ser médico e vou tirar seus cabelos branquinho, branquinho e colocar um novinho na sua cabeça, bem pretinho...
***
(Ainda estou aqui pensando: Quando eu crescer, quero ser igual a minha mãe e à minha vó.)
Um comentário:
Oh, gente...que amor de criança!!!
Fico apaixonada por este ser falante quando leio estes posts...rs
Bjs,
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