terça-feira, 7 de junho de 2011

O seu nome eu escrevi...



Há um tempo Arthur já escreve o seu próprio nome. Antes, era meio mecânico, a gente ditava as letras e ele ia fazendo, depois ele passou a escrever sozinho, sem ajuda. E quer fazer em todo lugar, como nessa sequência de fotos aí, em que ele escreveu na areia, às margens do Velho Chico.

É lindo ver o desenvolvimento de uma criança, acompanhar assim, de pertinho, cheirando, beijando e abraçando o meu negão, a cada conquista. E reclamando quando tem que reclamar, né?

Ontem, ele subiu no rack e apoiou o pé no deck de fitas do meu som (veeeelho), e a tampa quebrou. Quando perguntei se foi ele quem tinha quebrado, ele disse:

- Foi, mãe. Mas eu não tinha a intenção. Me desculpe, mamãe.

Achei lindo o pedido de desculpas, achei lindo ele usar corretamente a palavra "intenção", achei lindo assumir o erro, mas ainda assim reclamei, expliquei que ele não deveria fazer aquilo, que era perigoso a televisão cair por cima dele, além do prejuízo material que ele me deu. E ele insistia:

- Mas eu já pedi desculpas, mãeeee. Foi sem intenção!

Voltei a explicar que desculpas não curam as coisas, não remendam, não trazem de volta o que foi lançado e não tiram a dor. Que foi legal ele ter assumido a culpa. Que foi legal ele não mentir. Espero que ele tenha entendido. No futuro, quero que ele entenda que, no meu conceito, desculpar é tirar a culpa, o dolo, descriminar, inocentar. Des-culpar.

Nesse caso, perdoei!

2 comentários:

Bia Mello disse...

Que esperto escrevendo o proprio nome. E mais ainda usando corretamente as palavras, formando frases cada vez mais complexas, ne?
Fofo demais este rapazinho!
Beijos, queridona!

Anônimo disse...

Vc sabe que acompanho seu blog há um tempão e mesmo não tendo chegado no começo já o lí por completo. Eu tenho visto o Artur crescer assim como tenho acompanhado todas as suas evoluções. Vibro por suas conquistas e sorrio sozinha com as suas peraltices. É como se ele fosse da família ou filho de uma grande amiga. No niver dele pensei em enviar um presente, pensei, hesitei e acabei desistindo. Me pareceu invasivo demais. Ainda assim, fico por aqui tendo ele como o garotinho que na minha casa (dominada por mulheres adultas) não tem. E como é bom tê-lo por perto ainda que virtualmente... Para além do Artur, também aprendo com vc e se um dia for mãe sei que vou lembrar das muitas coisas que vc partilhou aqui. Das suas dúvidas, aprendizados e experiências. Por que estou dizendo isso agora? Porque nunca disse e mais que isso, porque nunca agradeci por vivenciar essas coisas. Obrigada Val, obrigada Artur.