quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia dos Avós


E, em homenagem ao dia dos Avós, vou contar uma história do meu pequeno com o seu bisavô (é, meus avós maternos são vivos, lúcidos e, relativamente, saudáveis), que aconteceu agora à tardinha, perto do sol se pôr na roça...

De repente, o pequeno começou a falar sozinho, fazendo perguntas e dizendo que estava falando com o seu amigo imaginário... Meu avô e minha avó se aproximaram para ouvir. E o guri, esperto que é, deu corda aos dois. Disse que o amigo se chamava Jorge Pinheiro e que era seu "dis-dis-disavô", e não era um fantasma de agora, era dos antepassados (com essas palavras mesmo).

E meu avô tasca o pau a procurar na memória se tinha algum Jorge na família, e num é que achou: um irmão de seu tio legítimo(?!?). Minha mãe tentou desfazer a onda, e o guri insistindo que era verdade, que seu amigo imaginário dividia o quarto com ele e que era um "gatão" (ui)! Passou um tempinho, o guri foi pra dentro do carro, e meu avô, que já não caminha bem, foi cambaleando até o carro e falou baixinho, com os olhos cheios de lágrimas:

- Ô Arthur, e esse Jorge tem o cabelo branco?
- Huhum!
- Ele é novo ou velho?
- Um pouco novo, vô!
- E ele tem os olhos verdes?
- Tem vô! Ele é um gatão!

E meu avô, tadinho, começou a chorar, acreditando nas conversas do guri!!!

O pior é que quando a gente tenta desfazer, dizendo a Arthur que é brincadeira, que isso não existe, o guri fica revoltado! Garante que é verdade!!! Vá saber!!!

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