terça-feira, 15 de setembro de 2009

Exame de Vista

Hoje o Rei teve sua primeira consulta oftalmológica. Marcamos mais por rotina, mas sempre achei que ele tem um pouco de problema na visão periférica {não sei bem se o nome é esse, mas acho que ele não enxerga bem as coisas muito perto e, digamos assim, de lado}. Às vezes, enquanto brinca de esconde-esconde, ele não percebe uma pessoa ao lado dele, passa correndo e olhando para frente. Outras vezes, pedimos para que ele pegue um objeto em algum lugar e ele olha várias vezes e não percebe o objeto perto dele {mal de homem, eu sei...}. Então, por via das dúvidas, marcamos a consulta.

Confesso que sempre tive curiosidade de saber como um Oftalmologista mede o grau de uma criança. Vou contar o passo-a-passo, porque pode ser também a dúvida de mais alguém que lê este blog. Primeiro, o Oftalmologista observa a pupila do olho, pedindo para a criança olhar fixamente para uma luz em um aparelho que o médico usa próximo ao próprio olho. Parece uma lupa. Ele troca a cor das luzes três vezes e, com esse exame, verifica se a criança é sensível à luz e se acompanha o movimento com os olhos, corretamente.

O olhinho do pequeno, com a pupila dilatada!

Depois, vem o pior: colírio três vezes para dilatar a pupila. Como é de praxe, eu e o maridón conversamos alguns dias antes com Arthur, explicando que ele vai visitar o médico e demonstrando, através de brincadeiras, alguns procedimentos que serão feitos no consultório. Essa nossa atitude prepara o pequeno para a consulta e evita escândalos e chororô desnecessários. Dessa vez, não foi diferente. Conversamos antes com ele, mas não falamos do colírio, porque não achamos que seria usado. Na hora, explicamos que o 'coleguinha' ia pingar uma gotinha de remédio em cada olho, que ia arder só um pouquinho, mas que a mamãe ia 'apertar' o olhinho dele para não doer muito. Ele deixou que o Assistente do médico colocasse colírio tranquilamente. Antes, separei dois guardanapos de papel. Assim que o rapaz colocou o colírio, pressionei os olhinhos dele com o guardanapo e segurei por um instante. Pedi que ele mantivesse os olhinhos fechados e ele atendeu. Ficou uns minutinhos com os olhos fechados. Não reclamou em nenhum momento. Fiz isso porque é o que faço em mim mesma, quando preciso dilatar a pupila. O papai avisou que seria três vezes e ele não reclamou. Na segunda vez que o rapaz veio colocar o colírio, ele também não reclamou. Repeti o procedimento e, em seguida, como da primeira vez, coloquei os óculos de sol nele. Na terceira vez, que deve ser a que dói mais, ele quis chorar um pouco. Falou "Ai, meus 'óios'. Não quero doer, mamãe! Não quero doer meus 'óios'". Mesmo assim não chorou.


Voltamos ao consultório e foi medida a pressão do olho dele. Aí foi a parte que deu mais trabalho {mas nem tanto assim}, porque ele teria que ficar sem mexer a cabeça, sem falar e com o queixo e a testa encaixados, olhando para o balão que aparece dentro do aparelho. Ele até se animou quando viu o balão, mas ficava perguntando o tempo inteiro para onde o balão estava indo, o que ele estava fazendo e como ele voava. Mas conseguimos!

Depois, o papai sentou com ele no colo naquela cadeira em que colocamos o aparelho para falar as letrinhas. Mas, ele não usou aquele aparelho. O médico usou dois aparelhos, em forma de régua, com várias mini-lupas, parecendo uma aquarela. Cada mini-lupa tinha uma variação diferente de grau. Ele aproximava esse aparelho do olho de Arthur e outro {o primeiro, em que ele mostrava umas luzes} do olho dele próprio. Assim, ele avaliava a reação da pupila a cada grau que era mudado. Arthur se comportou muito bem, não chorou nenhum momento e achava muito interessante as luzes mudarem de cor. Ficava comparando a um semáforo, dizendo que "memelho, pode parar. Amalelo, é atenção mamãe! e vêde, pode passar".

No final, o Oftalmologista disse que ele pegou entre 1 grau e 1 grau e meio em cada olho, mas que o diagnóstico não poderia ser definitivo, uma vez que ele ia crescer e o olho cresceria junto, diminuindo essa necessidade. Então, não prescreveu nenhum colírio e o dispensou de usar óculos. Pediu para que retornássemos depois de dois anos, para que ele avaliasse se já tinha diminuído essa necessidade.

Pontos negativos:
  1. Achei a consulta um pouco vaga e o médico um pouco sem sal. Não conversava muito conosco e ainda por cima - meu carma - estava de bate-papo no msn. Abomino isso. Uma das primeiras pediatras do Rei o consultou enquanto batia papo no msn. Eu lá, falando pra ela que o menino tinha regurgitações fortíssimas, que colocav pra fora todo o leite que tomava e ela, digitando no computador, com um sorriso nos lábios. Não entendi e, enquanto ela foi pesá-lo, fiquei um pouco na frente do monitor e vi a tela do msn aberta, inclusive com a webcam ligada. Entendi porque ela perguntou várias vezes se ele só mamava, mesmo depois de eu ter dito um milhão de vezes que ele mamava e tomava o NAN AR. Saí revoltada da sala, perguntei se era só aquilo e bati a porta com ignorância. Nunca mais voltei, é claro! Então, esse oftalmologista, Dr. Tomás {vou deixar registrado o nome, para que eu não esqueça e acabe voltando nele algum dia}, caiu muito no meu conceito. Só não vou consultar a opinião de outro especialista, porque não tenho coragem de deixar dilatar a pupila do pequeno novamente. Mas daqui a um ano, quem sabe...

  2. A consulta foi marcada, por ordem de chegada, para às 7h30min. Saímos do consultório às 11h30min. Falta de respeito com os clientes, principalmente com as crianças.


Essa foto é para vocês abrirem a boca de sono também, depois de um post gigante como esse!

A dica de sempre: Sinceridade com a criança evita acidentes escandalosos, viu!

Um comentário:

Lia disse...

Nossa que pediatra sem noção. Nem sabia que isso existia.