sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Miniatura do Pai

Minha sogra um dia me disse que tudo que o Rei fazia de ruim eu atribuía ao pai dele. Parei para pensar e vi que era mesmo. Se ele fazia birra, jogava as coisas no chão, eu dizia que era herança do pai. Se ele ficava de cara amarrada, sentido com alguma coisa, eu dizia que era o pai em miniatura. Se andava com os pés "pra fora" (como diz meu sogro), parecendo um pinguim, eu dizia que o pai tinha fornecido o gene defeituoso. No fundo, acho que minha sogra não ficava muito feliz pelo fato de eu meio que "falar mal" do filho dela, mas eu via realmente as característica do meu maridón em nosso fiho. Via não. Vejo. E muitas. Constantemente.


Exemplificando, para aumentar a lista:


Não sou uma pessoa bagunceira. Mas também não sou a Rainha da Organização. Gosto de minhas coisas em seus devidos lugares e de minha casa limpa e cheirosa (quem não gosta?). Mas não é sempre que estamos com o espírito da faxineira dentro da gente. E vou deixando a coisa rolar. Claro que ensino ao meu filhote que ele deve guardar os brinquedos depois de usá-los, o que normalmente ele faz.

Já o maridón é muito organizado, na maioria das vezes (porque na minoria ele larga umas meias perto da porta e umas camisas espalhadas pela casa). Às vezes ele reclama quando não lembro de guardar a comida na geladeira, antes de dormir. Ele reclama, mas vai lá e faz. Pois não é que o pequeno herdou mais essa chatice do pai? Dia desses, quando chegava em casa com ele nos braços, quase dormindo, fui colocá-lo na cama e, só porque o lençol estava um pouco virado, deixando o forro do colchão um pouco à mostra, o guri não quis deitar:

- Arruma a cama, mamãe! Arruma!

Tive que arrumar para que ele deitasse e dormisse de vez.

Outro legado que o pequeno recebeu do pai, foi a mania de pegar no meu pé. O maridón vive reclamando porque passo muito tempo no computador. E nem é tanto tempo assim. Ontem, o pequeno viu o notebook em cima do sofá e disse:

- Abre o "cutador" papai. Abre.

O pai abriu e o guri começou a "teclar", bem rápido, dizendo:

-Agora eu sou a mamãe. Eu sou a mamãe!

Eu mereço, viu! Até ele!
E é porque, quando eu nem estava grávida e nem pensava em ficar, eu vivia dizendo ao maridón, para chantageá-lo, quando ele não fazia tudo que eu queria que "um dia, eu ia arrumar um homem que me amasse incondicionalmente e fizesse tudo por mim e para mim". E Deus me deu esse homem. Mas ele veio para ajudar o pai. Só pode!

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