domingo, 15 de agosto de 2010

News (post longo)

Já falei que estamos sem babá, né? E com isso, toda a rotina do meu pequeno foi alterada. Vou resumir só um pouquinho aqui, para a posteridade. Não quero esquecer a fase ruim, para valorizar a boa. hehehe


Tem sido assim: minha mãe vai cedinho lá pra casa para encaminhá-lo ao colégio, porque eu saio às 6h30min, e o maridón já tem saído bem mais cedo. Depois que deixa o pequeno na escola, ela vai trabalhar. E ela trabalha até às 13 horas. Mas às 11h30min, ela vai pegá-lo na escola e deixa-o na casa da pessoa da família que estiver com o portão aberto. Minha tia Cléa tem sido a sortuda de ficar com ele até às 13h, quando minha mãe o pega e leva para casa dela. Eu chego às 15h30min, pego-o na casa de mãe e levo-o para casa. À noite, se tenho aula, deixo-o novamente às 18h30min, quando ele fica até o papai chegar, às 20 horas.


Isso tudo em dias alternados, já que o maridón trabalha em regime de plantão. Então, rotina que é bom, meu filhote está sem... Aí, já viu né? É nessas horas que voltam os Ataques dos Nervos Gigantes, que vão, aos poucos, dando seus sinais de intensidade.

Não quero colocar a culpa na falta de rotina, mas acredito que isso contribui bastante para essas alterações nervosas do meu pequeno. Há uma semana ele não dorme direito: ou acorda ou vai dormir às 3 da manhã. E ele está "irritadiço". Reage com raiva às pequenas coisas e a impaciência voltou a reinar. Admito, que a intensidade não é a mesma de antes, está um pouco menor, mas ainda existe.

Como a Psicóloga recomendou, fui lá gastar meu já pouco dinheiro com a Super Neurologista. E, quer saber, detestei. Se arrependimento matasse... Ela quase não olhou para mim, eu ia falando e ela digitando, com um sorrisinho sarcástico no canto da boca. Alguns minutos depois, colocou Arthur na maca e examinou-o superficialmente. Mediu a cabeça dele, bateu com um martelinho em algumas partes do corpinho dele e pronto. E eu lá, feito boba, falando, falando. Levei alguns exames e ela não quis ver. Disse que o problema de Arthur era falta de limites e calundú. Aí sim quem começou a rir fui eu.

Expliquei que a Psicóloga me falou isso e que eu estava ali por recomendação dela. E que, desde o início das sessões de psicologia eu tinha revisto o meu modo de agir com Arthur e estava sendo mais enérgica com ele. Expliquei que Arthur treme e chora muito desde que nasceu, que ele só tomava banho se alguém sgurasse suas mãos e chorava muito quando a gente tirava as luvinhas. Ela nem ligou para o que eu disse. E continuou dizendo que se a gente tivesse reclamado, tivesse reagido na primeira vez que ele bateu em nosso rosto, ele não seria assim. Daí eu falei que a primeira vez que ele fez isso foi aos 8 meses. Ela disse q a gente deveria ter feito cara feia pra ele. E ele entenderia.

Depois, pegou um papel de receita e disse que era para eu entregar à Psicóloga que ela iria entender. E estava escrito: " O menor Arthur L., 3 anos, é uma criança normal, sem nenhum problema neurológico, com DPNM normal, apenas é uma criança sem limites e usa do choro e do calundú para conseguir o que quer".

Gente, eu não acreditei no que li. E eu só li depois que saí do consultório. Eu sei que a educação de Arthur não é a melhor que posso oferecer. Essa falta de rotina, a minha ausência durante um período do dia, o fato de ser criado perto de avó, tudo isso contribui. Mas ele não é sem limites. Ele é esperto, tudo que a gente conversa ele entende. Pede desculpas na hora certa, diz obrigado sempre que precisa, se eu digo que ele não pode fazer determinada coisa e alguém insiste, ele não faz até ter a minha autorização. Esses dias ele acordou de madrugada pedindo para ver televisão. Eu falei que não e ele abriu o berreiro. Chorou 10 minutos, mas não cedi e desviei a atenção dele contando uma história e ele dormiu novamente. Se eu tivesse ligado a TV ele ia amanhecer o dia assistindo.

Isso não é falta de limites. Talvez um pouco, vá lá, mas nenhuma mãe quer ouvir que o problema do filho é ela. Principalmente quando ela sabe que não é. O que vocês acham???

(Um parenteses para mandar um beijo para a Vovó Augusta que, mesmo sem conhecer o netinho torto, pergunta sempre por ele e o inclui em todas as suas orações. Feliz Aniversário, que Deus abençoe!)

7 comentários:

Marina disse...

Nossa menina, que complicado. É nessas horas que dá vontade de voltar a ser do-lar e poder ficar sossegada em casa, sem ter que sacrificar o pequeno, né? Eu abri mão de alguns luxos para poder trabalhar só enquanto a minha está na escola, das 13 às 17 e 30. Mas mesmo assim, quando ela fica doente, por exemplo, eu fico revoltada por ter que sair de casa.

Sobre os limites... eu vivo tendo brigas com as pessoas por aí porque eu sou sempre a favor da liberdade. Às pessoas confundem as coisas, eu acho. Ouvir o que a crinça tem a dizer, querer entender o lado dela... isso tudo geralmente é confundido com "falta de limites" e com "mimo". Eu sou formada em Letras e Pedagogia, Psicopedagoga, mestranda em literatura infantil e ainda pretendo partir pra Psicologia. Quem sabe depois de mil títulos as pessoas vão dar mais ouvido às minhas teorias educacionais. hehehe Conselho: segue seu coração.

Marina disse...

Olha um texto que escrevi sobre limites: http://maesolteirarecemcasada.blogspot.com/2010/03/limitar-para-expandir.html

Bia Mello disse...

Oi amiga,
Menina, estamos aqui (eu e maridao) revoltados com a tal neurologista. Que mulherzinha pouco profissional, hein? Como diz o Edu, uma idiota que além de ser anti-ética é uma grossa! Credo, que raiva que da este tipo de situacao. Acho que como médica ela poderia te tranquilizar, dizendo que ele nao tem nenhum problema neurologico, gracas a Deus. Que os cuidados se resumirao ao tratamento dessas reacoes dele com a psicologa...pronto, tava dito! Que estúpida! Desculpe, mas quando a gente é mãe, estas coisas revoltam, ne? :0/

Ele é um lindo, inteligente, esperto...e tenho certeza de que isso é so uma fase, que melhorará! Nem sempre é possivel ficar o dia todo em casa com o filho, entao entendo sua preocupacao, mas nao se culpe tanto, viu? Vcs sao pais excelentes e cuidadosos, e certamente o Senhor ira honra-los.

Super gracinha seu beijo pra minha mama, amanha ela lerá seu comentario e post (acredita que a esta hora ainda tem gente na casa dela, pra dar parabens?). Obrigada de coracao, linda!

Beijo enorme, fiquem com Deus. E um cheiro bem gostoso neste lindao da Tia Bia! :)

Karine e Rafinha! disse...

Nossa Va, era melhor não ter ido mesmo à essa consulta..é claro que a gente percebe que vc é uma super mãe, quem é que não fica ausente do filho? A gente tem que colocar comida na mesa não é? Mas nem por isso significa que não dê limite pra criança....eu acho que essa Dra. é frustrada, e que trata as crianças tudo igual...rsss...não esquenta, acho que vc deve continuar firme com ele, mas com muito amor tbm, uma hora ele passa dessa fase e se tiver algo de neuro que queira tirar dúvida vá em outra...sei lá..é dificil dizer...

Ah! o que é calundú? Desculpe minha ignorância....bjs

Lia disse...

Dá vontade de sair sem pagar. Ou de mandar a conta pra psicóloga. O que mais me dá ódio nessas situações é que esses "profissionais" de meia tigela nos fazem contestar nossos métodos, nos enchem de culpa e nos fazem nos sentirmos as piores pessoas do mundo.

Val disse...

Gente, obrigada pelos comentários.
Nina, eu já tinha lido seu texto e agora reli com outros olhos. Obrigada, vc transmite tudo que eu sinto, em palavras.

Bia, eu também fiquei revoltada. A gente sabe até que ponto nosso filho tem ou não limites. Ainda vou escrever um e-mail pra ela. Tô ensaiando. Bjos no Vi.

Karine, respondi no seu blog.

Lia, pena que eu paguei para entrar (e rezei para sair hehehe). Mas que é uma boa ideia essa de mandar a conta para a psicóloga ah isso é.

Bjos a todas

Tathyana disse...

Inacreditável, Val. Vc ainda tem esse "diagnóstico" guardado? Se tiver procure o CRM e abra um processo contra essa médica. Bjs