sábado, 17 de março de 2012

Criando Meninos!

Fui tirar o tênis de Arthur, quando ele chegou da escola, e percebi que estava cheio de areia. Mas era muita areia mesmo. Quando tirei a palmilha, aí é que tinha areia mesmo. Perguntei ao pequeno o porquê daquilo. E ele me respondeu:

- Mãe, é que amanhã vai ter uma luta na escola. Os meninos grandes bateram no Hector e amanhã a gente vai lutar com eles. E essa terra aí é que hoje a gente 'tava' treinando com os colegas para a luta!

Eu não sabia se ria ou chorava! Esse Hector, pelo que entendi, é um menino mais velho, que nem na mesma turma de Arthur estuda. E, semana passada, ele veio para casa todo contente porque tinha feito um novo amigo: o tal Hector.

Claro que expliquei que violência não é legal, que as coisas não se resolvem assim, coisa e tal. Até polícia coloquei no meio da história. O pequeno me garantiu que era tudo brincadeira. Mesmo assim, pedi à vovó - que é quem vai deixá-lo na escola, dividindo o encargo com o papai- que falasse com a professora no outro dia. O que foi feito! De qualquer forma, não houve luta nenhuma, o que já foi devidamente conferido.

O que me chamou a atenção foi a influência que menino Hector deve exercer sobre Arthur, uma vez que o meu pequeno nunca bateu em ninguém (a não ser na gente aqui em casa, quando dos ataques dos nervos). Ele sempre apanhou, na verdade, até dos meus primos que sao dois anos mais novos que ele. E, nessa mesma semana, Arthur nos disse que um menino mais novo tinha dado "dois murros" no rosto dele. Perguntei o que ele fez, e ele disse: "Nada, mãe. Ele era só um bebezinho"!

Não sou dessas mães que atribuem a culpa dos erros dos filhos sempre às companhias. Mas, nesse caso específico, acho que há uma certa influência do Hector: primeiro, por ser - pelo menos - um ano mais velho que Arthur e, segundo, porque este não é o perfil do meu pequeno. Até agora não era mesmo!

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